Sociedade em Mutação
Hoje resolvi falar de um tema que muito me preocupa ...
A nossa sociedade, está em constante evolução! Como seres humanos olhamos para o presente com alguma insatisfação e para o futuro com preocupação, o dinheiro parece comandar o mundo e os sentimentos são deixados para segundo e terceiro planos.
As grandes empresas vivem à custa das familias, já que são estas que trabalham para elas e que no final são suas clientes.
Até há uns anos as coisas sempre foram equilibradas mas hoje a concorrência feroz leva a que estas empresas necessitem mais das pessoas, mais dos seus trabalhadores, e as sociedades modernas sofrem muito desse mal, principalmente com o surgimento da globalização.
Hoje assiste-se a um amento de horas de trabalho, os trbalhadores são obrigados a ficar até mais tarde nos seus locais de trabalho para que a produção seja maior.
Desta forma a globalização levou a que fosse montada uma acção concertada e secreta de desmembramento dos padrões sociais e do conceito de familia.
Hoje não interessa a uma empresa que os seus funcionários tenham familia, já que o rendimento destes decresce com os problemas que estes podem trazer de casa, assim como as ausências a que são obrigados por motivos de saúde de familiares (filhos, companheiros). Não interessa que uma pessoa tenha de sair a horas do seu trabalho para ter um pouco de vida saudável em familia e ainda de dia.
Assim nasce uma nova forma de ver a sociedade.
A tv começa a mostrar um novo tipo de sociedade, a publicidade aposta nessa diferênciação, e todos ganham com isso ... todos menos as familias, já que esta nova visão aposta numa tentativa de fazer crescer o adultério e a separação, o divórcio é visto como uma coisa a celebrar, à semelhança da despedida de solteiro.
As empresas ganham com isso, nós tornamo-nos livres de encargos familiares e podemos dar 100% à empresa ... só lucro.
No entanto, não lhes interessa que as pessoas não tenham filhos uma vez que são estes os trabalhadores do futuro.
A máxima parece ser "casem, tenham filhos, separem-se e dêm o resto à empresa".
Eu não aceito isto de maneira nenhuma, porque hei-de dar o meu tempo à empresa, 8 horas diárias não chegam? Porque hei-de dar os meus preciosos minutos que posso estar com a minha namorada, a estes gajos que cagam em nós por volta dos 50 anos, sim ... ficamos velhos e existem muitos novos para o nosso lugar.
Depois se não passo a velhice com a empresa passo com quem? Sim a mulher já foi num divórcio há muitos anos, por causa de uma empresa que em momentos de dificuldade me dá um chuto no cu, e me deixa sem nada na vida.
Acham que devemos dar muita importância à nossa carreira? Ou podemos passar uma vida a dividir os nossos esforços entre a familia e a empresa?
Espero respostas, já que duvidas tenho muitas.
"Para mim carreira não é tudo ... essa acaba quando menos esperamos, até porque há sempre alguém que se consegue deitar melhor do que eu a trabalhar."
A nossa sociedade, está em constante evolução! Como seres humanos olhamos para o presente com alguma insatisfação e para o futuro com preocupação, o dinheiro parece comandar o mundo e os sentimentos são deixados para segundo e terceiro planos.
As grandes empresas vivem à custa das familias, já que são estas que trabalham para elas e que no final são suas clientes.
Até há uns anos as coisas sempre foram equilibradas mas hoje a concorrência feroz leva a que estas empresas necessitem mais das pessoas, mais dos seus trabalhadores, e as sociedades modernas sofrem muito desse mal, principalmente com o surgimento da globalização.
Hoje assiste-se a um amento de horas de trabalho, os trbalhadores são obrigados a ficar até mais tarde nos seus locais de trabalho para que a produção seja maior.
Desta forma a globalização levou a que fosse montada uma acção concertada e secreta de desmembramento dos padrões sociais e do conceito de familia.
Hoje não interessa a uma empresa que os seus funcionários tenham familia, já que o rendimento destes decresce com os problemas que estes podem trazer de casa, assim como as ausências a que são obrigados por motivos de saúde de familiares (filhos, companheiros). Não interessa que uma pessoa tenha de sair a horas do seu trabalho para ter um pouco de vida saudável em familia e ainda de dia.
Assim nasce uma nova forma de ver a sociedade.
A tv começa a mostrar um novo tipo de sociedade, a publicidade aposta nessa diferênciação, e todos ganham com isso ... todos menos as familias, já que esta nova visão aposta numa tentativa de fazer crescer o adultério e a separação, o divórcio é visto como uma coisa a celebrar, à semelhança da despedida de solteiro.
As empresas ganham com isso, nós tornamo-nos livres de encargos familiares e podemos dar 100% à empresa ... só lucro.
No entanto, não lhes interessa que as pessoas não tenham filhos uma vez que são estes os trabalhadores do futuro.
A máxima parece ser "casem, tenham filhos, separem-se e dêm o resto à empresa".
Eu não aceito isto de maneira nenhuma, porque hei-de dar o meu tempo à empresa, 8 horas diárias não chegam? Porque hei-de dar os meus preciosos minutos que posso estar com a minha namorada, a estes gajos que cagam em nós por volta dos 50 anos, sim ... ficamos velhos e existem muitos novos para o nosso lugar.
Depois se não passo a velhice com a empresa passo com quem? Sim a mulher já foi num divórcio há muitos anos, por causa de uma empresa que em momentos de dificuldade me dá um chuto no cu, e me deixa sem nada na vida.
Acham que devemos dar muita importância à nossa carreira? Ou podemos passar uma vida a dividir os nossos esforços entre a familia e a empresa?
Espero respostas, já que duvidas tenho muitas.
"Para mim carreira não é tudo ... essa acaba quando menos esperamos, até porque há sempre alguém que se consegue deitar melhor do que eu a trabalhar."
posted by Ouvinte at 11:26 da manhã
13 Comments:
A sociedade dos nossos dias feriu de morte valores basilares como a família, a amizade, o tempo de qualidade, a honestidade entre os semelhantes...
Agora é só trabalho, trabalho e mais trabalho e é aí que os nossos padrões de sucesso são avaliados.
De uma maneira geral, transformámo-nos numa sociedade cada vez mais fria, individualista, egoísta... que só tem olhos para os €uros ao fim do mês e para as promoções depois de muitas lambidelas às botas do chefe.
Esquecemo-nos do amor dos que nos rodeiam.
Mas porque eu sou um optimista, ainda acredito que apesar da lufa lufa diária ainda conseguimos encontrar momentos de paz para partilhar com o que amamos... sejam eles amigos ou família.
Excelente reflexão esta.
Despeço-me com um abraço... e um até breve :)
Sinceramente não sei, ainda não conheço verdadeiramente o mercado de trabalho nem a forma como somos tratados pelas diferentes empresas! Deve ser por isso que tanto eu como muitas outras pessoas em fase de transição para este mundo temem aquilo que nos espera, aquilo que nos é permitido percepcionar é muito ambíguo!
Contudo uma coisa já deu para perceber, vivemos numa sociedade egoísta, cada um vive para si, para o seu bem estar, não se preocupando com os outros! E pela tua descrição esta é também a filosofia adoptada pelas empresas, os trabalhadores são vistos como máquinas e não como seres humanos!
Tens uma forma muito lucida de escrever, gostei do teu post hoje.
Para mim o ideal é conciliar as duas coisas...porque precisas das duas para seres feliz. Se tiveres vida familiar mas não tiveres uma carreira de que te orgulhes, nunca estarás completamente satisfeito. Mas se tiveres carreira e não tiveres uma boa vida familiar, sentir-te-ás na mesma insatisfeito.
O truque está na conciliação, dar um pouco de ti a ambos.
Beijinhos
Concordo totalmente com este post!
Actualmente as pessoas são vistas como €€€ e não como seres humanos que têm vida própria.
Para as empresas, o ideal seria vivermos dentro delas, assim seria acordar e estarmos praticamente prontos para iniciar o trabalho!
o Prolemas das empresas é que para que os seu colaboradores estarem a 100% no seu trabalho, é importante também estarem a 100% na sua vida familiar. só assim é que resulta! estas duas têm de se complementar.
.....sei bem do que falas, eu tenho sentido bem na pele esse castigo, no entanto estou agora a organizar-me de forma a dar a volta e a mudar o rumo das coisas....
Abraço
Parece-me que há lugar para tudo: para mim, a família vem sempre primeiro, porque essa é a única certeza que temos.
Claro que tudo depende das fases da vida de cada um. Neste momento, não me importaria nada de apostar numa carreira que implicasse afastamento da família, porque sinto que devo apostar no meu futuro.
Quando conseguir conciliar as duas, aí sim, serei feliz :) Mas tudo a seu tempo!
Bjn*
Fico a pensar no que li... bolas!!! ;) Cum caraças!!!!
é um ciclo vicioso...
"Acham que devemos dar muita importância à nossa carreira? Ou podemos passar uma vida a dividir os nossos esforços entre a familia e a empresa?"
acho que devemos dar muita importância à carreira.
principalmente, porque cada vez é + difícil fazer uma, e porque é ela que nos sustenta (e o sustento está cada vez + longe de se conseguir).
agora, claro que se deve encontrar sempre um equilíbrio.
entre o trabalho e a família.
ou seja entre o que for.
ah, ñ esquecendo que nem todos têm essa 'família', essa 'namorada', essa 'mulher' ou esses 'filhos' a que te referes.
e, portanto, acabam por se dedicar por inteiro ao que têm: o trabalho, precisamente!
Ola Ouvinte!!
Tive de entregar um relatorio sobre Portugal na minha escola de comercio.
E é desolador ver como esta a situacao ai. Ja disse à minha mae virtual que é portuguesa, que seria necessario pôr o pais na falencia e recomeçar tudo de novo!
Portugal é o pais no qual mais se trabalha em carga horaria e menos se recebe! acho isso inadmissivel!!
A ver vamos como as coisas vao evoluindo.
Obrigada pelo carinho de tuas visitas.
Beijokas francesas
Sabes o que penso? Que cada vez mais cada um de nós tem que adquirir, nem que seja às custas do erro, a sabedoria de que nesta vida o mais importante é lutarmos pela convivência amigável, pela harmonia com aqueles que amamos.
A "consideração" é uma palavra que refiro inúmeras vezes. Repara, se dizemos "ah, e tal, gosto muito dela(dele), significa isso que estamos dispostos a receber nas nossas mãos a vida, o que de mais precioso essa pessoa tem para nos dar, e ainda assim não a(o) deixar ficar mal? não o(a) desapontar? desiludir?
É frequente a dúvida do "estou no caminho certo", "será mesmo isto que eu quero para mim"?
Pois bem, reclama-se mais responsabilidade nas nossas escolhas, na nossa vida e no que queremos fazer dela. O que queremos para nós afectará sempre os que nos rodeiam e nos amam. ter consideração por alguém é respeitar sem magoar.
Independentemente da sociedade actual privilegiar o efémero, o imediato, nunca nos esqueçamos que sozinhos não somos nada. Que juntos, com respeito e responsabilidade temos mais hipóteses de sermos felizes.
o ser humano distingue-se dos demais animais, por ter a capacidade de adaptação às diferentes realidades. Se na empresa a dureza do trabalho é algo de insustentável, em casa há que ter o equilíbrio para que o mundo não desabe. É importante estarmos acompanhados, na caminhada da vida, por alguém que ampare, que cuide, e que receba de nós o mesmo.
Basicamente, o Amor é a resposta.
Post muito interessante para reflectir melhor sobre o que ando a fazer com a minha vida, eheh! Sempre pus a carreira à frente de tudo, até sacrifiquei o estar perto da família e dos amigos para poder trabalhar em algo que gosto - hoje pergunto-me seriamente se terá valido a pena! Sinceramente, cada vez tenho menos certeza disso!
Pra mim carreira significa:
Receber o meu ordenado ao fim do mês para pagar as contas e com o pouco que resta aproveitar com os que amo os tempos que estou fora do emprego.
Sim, porque o emprego é um meio de conseguir o dinheiro necessário a viver.
Não sou escrava do emprego, aproveito bem o tempo que estou a trabalhar e dou tudo de mim para que quando não estou possa aproveitar a vida.
Definitivamente o trabalho é um meio para atingir a vida fora dele.`
Única e exclusivamente isso.
Beijinhos.
P.s. tou de volta.
p.s. como li num blog de uma amiga:
"Enquanto o meu patrão fizer de conta que eu ganho muito, eu faço de conta que trabalho muito..."
Enviar um comentário
<< Home