sexta-feira, março 24, 2006

Estou Danado ...

Hoje não me digam nada ...

Ontem foi quinta-feira, o único dia da semana que eu gosto de perder um pouco do meu precioso tempo, em troca de uma hora e tal de boa programação da TVI ... mas isso acabou.

Por favor, eu faço um apelo à SIC, RTP, ou até mesmo ao AXN ... comprem os direitos do DR. HOUSE à TVI .

Ontem, deixei-me estar à espera pela série que mais gosto na TV, Dr. House, que passa todas as quintas feiras na TVI, ontem mais uma vez e como até já escrevi neste blog perdi 2 horas de sono, para poder assistir ... mas para meu espanto, e consegui ver o CSI na SIC todo, o Dr. House não apareceu, ou pelo menos não apareceu a horas decentes.

Esteve a dar o Circo de Celebridades, ou será circo dos Horrores ... não interessa, fiquei danado e ainda estou, esperei até uma pouco mais da 1 e meia da manhã e nada ... eu trabalho meus amigos, alguém tem de dar algo a esta sociedade, e mais uma vez quis ver televisão, para me distrair um pouco, e nada, se na semana passada fiquei até tarde porque as boas séries dão tarde! Desta não deu mesmo a horas decentes ...

Ajudem-me a por a TVI na linha ... vamos enviar todos um e-mail a pedir que se deixem dessas porcarias de dar tanta novela seguida, de colocar séries boas, como nos habituaram no início, e acima de tudo para acabar com essa M.E.R.D.A do Circo que é só um dos locais onde se maltratam mais animais.

Deixem estar esses anormais, das pseudo celebridades, presos nas jaulas, e soltem os animais ... e depois se querem saber se as pessoas realmente querem ver isso criem um canal 24 horas só para ver esses toscos, não obriguem é o povo a ver sempre as mesmas merdas por falta de variedade.

quinta-feira, março 23, 2006

Pensava que sim ...

Pensava que sim, mas enfim não era assim que eu queria pensar.

Pensei durante momentos que o meu pensamento era o mais correcto, mas afinal alguém pensava melhor que eu ... pensei nos instantes em que pensava nos pensamentos que já tinha tido e imaginava momentos de inspiração que enchiam o meu pensamento.

Pensei que não, pois então até que tinha alguma razão em pensar com o coração.

Pensava que estava a pensar em mim, mas afinal sempre pensei em alguém que não era eu, mas alguém que como eu também gostava de pensar ... e de tanto pensar em como gosto de pensar e de escrever os meus pensamentos, esqueci o que realmente pensei para escrever este texto.

quarta-feira, março 22, 2006

O Sujeito que queria ser Predicado!


A vida de um Sujeito

Sou sujeito desde que me conheço, e já estou farto de ser tratado como sujeito, o que eu queria mesmo era ser predicado.

Quando falam em mim ,dizem sempre que sou o mais importante da oração, mas a realidade é que por vezes sou muito mal tratado, e só me sinto bem quando sou simples. Ai sim ganho grande relevância.

Dizem quem sou e aqui o predicado aparece só para indicar aquilo que faço ... mas detesto quando me tratam como composto, subentendido ou até mesmo ... e só de dizer esta palavra dá-me arrepios ...INDETERMINADO.

Ninguém consegue construir uma oração ou frase sem mim, mas eu nunca sou nada sem os verbos e seus constituintes ... eles sim mudam e têm acção ou alguma atribuição, são essenciais agora eu ... é como ser o secretário de um chefe, eu faço tudo mas sem ele todos dizem que não faço nada.

Eu sou, aquilo que podemos chamar de um ser, não no sentido lato de ser enquanto ser vivo, posso também ser um objecto um outra coisa qualquer à qual damos ou podemos dar "personalidade".
Simples sou mais forte, sou só eu, um único ser todo poderoso ... "O Bebé nasceu" ...
mas composto juntam-me sempre uma espécie de apêndice, que a mim só dá comichão "O bebé e o cão".

Mas mesmo assim não é muito mau, pois composto ou simples o que interessa é que continuem a falar de mim ... mas podiam ter encontrado outra forma de me tratar, composto faz-me lembrar compostagem e lixo orgânico amontoado à espera de apodrecer e tornar-se adubo ou esterco, podia ser Sujeito Acompanhado.

Fico lixado é quando me escondem para que seja subentendido, ora para gente com fraca inteligência eu desapareço, e não é isso que quero, eu gosto de ser o protagonista, ora só porque falaram de mim momentos antes escusam de me esconder "o bebé comeu papas cerelac e arrotou" e arrotou ? E ARROTOU ? porque é que não voltam a dizer e o bebé arrotou.

Deve ser para poupar palavras, até parece que quando morrerem chegam ao Céu e aparece um senhor velho de barbas brancas a dizer - Bem você utilizou 2 milhões 950 mil palavras na sua língua mãe 560 mil em Inglês 100 de chinês e tudo somado à razão de 2 Cêntimos por palavra vai ter de pagar ... ora meus senhores façam-me lá o favor.

Mas pior que isto é ser indeterminado ... e aqui! vamos lá por os pontos nos i, indeterminado uma porra eu sei perfeitamente que sexo tenho, os larilas e larilas é que não, eu ou sou macho ou sou fêmea, mas quando sou! sou mesmo. Não ando para ai a bater pratos ou a sacudir a corda do sino da igreja, e velos a bater ... nada disso.

Por isso antes de me chamarem indeterminado, acalmem-se, pensem 2 vezes e se calhar o melhor mesmo era chamarem-me ausente ou escondido. Porque embora eu não goste de me esconder, e tal como no nome que eu disse, anteriormente, que também me chamam vocês teimam em poupar palavras.
Eu gosto de mim, e podem utilizar o sujeito com todas as letras, não precisam inventar que alguém, ou ele ... fez qualquer coisa, quando na realidade estão mortinhos por contar a todos quem foi, principalmente se esse alguém fez uma coisa muito feia.

Por tudo isto é que eu queria ser predicado, pois nunca o escondem, ele pode dizer as coisas todas, as mais más e tudo, até pode ser mau mas pelo menos dizem quem é.
Vocês se colocarem esta oração num teste da escola "Dizem que vai haver eleições." os putos dizem todos quem é o predicado, mas e o sujeito? Quem é o sujeito nesta frase.

terça-feira, março 21, 2006

Estranha forma de vida!


"Monologo de um Cangalheiro Sexual"
Sou sonhador, no entanto sou o final de longas viagens de vida ... insisto em procurar a felicidade, mas pelos caminhos mais dificeis.
O meu nome é Golias, deram-me este nome por causa do tamanho que já tinha à nascença, 60 cm e 6 Kg de peso, escusado será dizer que a morte me acompanha desde a nascença, afinal a minha mãe não suportou a agonia do meu nascimento.
O meu pai nunca me disse, mas penso que nunca me desculpou pela morte da minha mãe. Também era difícil dizer, uma vez que eu não tinha 15 dias e ele já tinha fugido com a costureira lá da aldeia, penso que foi o desgosto e que nada teve a ver com o caso que ele mantinha com ela há mais de 15 anos.
A minha mãe sempre foi uma boa mulher para o meu pai, e ele um bom marido, pelo que a minha avó me conta era um homem muito certo nas suas ideias e nos seus costumes, todos os dias chegava a casa à mesma hora, perto da uma da manhã e sempre bêbado ... ainda assim fazia questão de dar as boas noites à minha mãe, acordava-a de propósito só para lhe bater, era um querido e a minha mãe aceitava sempre com lágrimas de alegria. Como devia ser boa a vida deles ...
Eu sou o culpado pela morte da minha mãe e nunca me vou desculpar, hoje sei que tenho mais 3 irmãos, todos filhos da costureira ... Alice é o nome dela, mas o meu pai com ela nunca mais foi o mesmo homem ... deixou de beber e nunca lhe bateu ... penso que nunca esqueceu a minha mãe pois não demonstra o mesmo amor, nunca lhe bate o que monstra uma certa falta de afinidade.
Eu fui o único filho da minha mãe, ao que parece pelo que a minha avó me contou, fui feito no meio de muito amor, pois a minha avó chora, de saudades penso eu, e com uma voz estranha quando conta que no dia em que fui concebido o meu pai tinha bebido um pouco mais do que o costume e no meio da troca de mimos, embora a minha avó diga pancadaria, ele acabou por forçar a minha mãe às relações ... o meu pai era um homem de convicções.
Eu tenho 37 anos, e nunca tive uma relação duradoura, tive algumas namoradas, mas estas nunca aceitaram, não sei porquê, a minha demonstração de amor, sou exactamente como o meu pai, mas elas não são mulheres sérias, preferem os homens que não as amam.
Na vida apenas convivi com 5 pessoas com quem tive experiências sexuais, o engraçado é que a primeira não foi com uma mulher, foi com um vizinho, fazendeiro que morava na quinta mais chique da aldeia ... ele tinha mulher mas acho que no meio da sua vida teve uma grande paixão por mim, afinal forçava-me como o meu pai fazia à minha mãe, a principio era doloroso, e mesmo quando se tornou bom, continuei a resistir afinal eu também aprendi a ama-lo, tinha apenas 12 anos.
Quando contei à minha avó ela falou como o Sr da guarda e este prendeu-o, sei que foi torturado pelos guardas e que mais tarde foi amante de vários Homens na prisão, foi o meu primeiro desgosto ... traiu-me com quase todos os homens da cadeia, a partir desse dia deixei de confiar nos homens e nunca mais confiei na minha avó, afinal foi ela a culpada da minha desgraça.
A segunda experiência foi com a filha da D. Marquinhas, mas era uma jovem pouco honrada, namoramos durante 1 dias e quando consuma-mos o acto sexual, ela pediu-me 5 contos ... não era mulher para mim, afinal ainda não éramos casados e ela já me estava a pedir dinheiro e depois não tive de forçar a relação ... estranha aquela moça .
Tornei-me cangalheiro, e nunca mais quis ter mulher ... dando tudo ao meu trabalho.
Ouvi muitas estórias que me eram contadas, durante os funerais, homens e mulheres que choraram e desabafaram comigo as suas experiências de vida com os falecidos.
Eu penso que estes não deviam ser felizes, afinal enquanto falavam dos que partiram choravam e berravam, isso demonstra um pouco o sofrimento que tiveram de suportar.
Por exemplo o Manuel morreu à 6 anos, Josefa, a mulher, no funeral estava num pranto chorava e gritava que ele nunca lhe tinha batido, realmente compreendo a sua dor, afinal não tinha existido amor entre os dois.
Apesar de eu nunca mais ter tido interesse no amor, a Josefa sempre foi uma grande paixão que tive desde os 25 anos, cheguei a lutar com o Manuel por causa dela, bati-lhe tanto que ele foi parar ao Hospital de Vila Franca, partilhe os dois braços e duas costelas, uma delas até perfurou o pulmão.
Eu não fiquei com ela, apesar de ter demonstrado que era o macho mais forte, mas em compensação ele nunca lhe pode bater, eu sei que foi por isso ela chorou tanto no funeral, afinal ele nunca nunca lhe pode demonstrar o seu pleno amor.
3 dias depois do funeral cruzei-me com a Josefa, ela estava ainda triste ... eu apresentei o meu ponto de vista sobre a vida dela, disse-lhe que tinha, ainda, uma grande paixão por ela, naquele momento eu senti que ela também tinha por mim pois quando a forcei para ter relações ela resistiu, mostrou-me o seu amor e eu fui até ao fim.
Nunca mais tivemos nada, e ela nunca mais me quis falar apesar de eu ter tentado mais 2 ou 3 vezes, penso que por ser viuva e por ter medo das bocas da Aldeia, que conseguem ser muito cruéis ... mas dessas vezes senti que ela também me amava, pois forcei a relação e ela resistiu de todas as vezes.
4 meses depois fiz o funeral mais triste da minha vida, afinal a Josefa decidiu abandonar-me, suicidou-se, ouvi dizer que estava grávida ... deve ter sido com medo da reacção das pessoas da aldeia. O meu filho ...
Com todas estas vivências tornei-me um homem mais seguro, mas tive de fugir da aldeia e abandonar o trabalho que sempre amei, pois a filha do padeiro Joaquim, apesar de ter demonstrado o amor como todas as outras e como o demonstrei ao Ricardo (Fazendeiro), foi à Policia dizer que lhe tinha feito mal ... Eu sei que ela gostou por isso só demonstrou ser mentirosa e mal intencionada, enfim, deve ter sido mal aconselhada pelo António Alberto, o rapaz que andava atras dela.
Enquanto fugi fiquei escondido num seminário perto de Lisboa, e ai conheci o Prior Godofreso, um Espanhol bem falante e com pose de Papa, cativou-me com os seus sermões.
Um dia, em conversa, convidou-me para falar com deus, colocou a sua "pila santa", como ele lhe chamou, para fora e disse que aquele era o caminha mais directo para chegar a deus, sem amor pela primeira vez entreguei-me sem resistir, penso que o Padre notou que não nutria qualquer sentimento por ele, já que não lhe resisti.
Mas no final de tudo ele disse que eu era uma grande bicha e que tinha encontrado as portas do inferno, fiquei irado e aproveitando os meus 1m97cm e cerca 110 kg de peso, peguei na cadeira que me estava próxima e espanquei-o até à morte.
A verdade é que hoje a policia me apanhou e agora estou preso, em tribunal fui acusado de "violação" seja lá o que isso for, e por não saber não me pude defender. Apanhei 8 anos e por ter morto o Padre, 20 anos é o que me espera.
Mas nem tudo foi mau, afinal, reencontrei o Ricardo, está mais velho mas o amor renasceu ... embora ele já não me procure, mas também os presos já não lhe tocam.

segunda-feira, março 20, 2006

Avaliação

A nossa vida é uma constante avaliação, somos avaliados por tudo e acima de tudo por nada.
Desde cedo, e se ainda me lembro, ao nascer somos avaliados pelo médico ... chorou, ok está tudo bem, se não choramos ... já está falhamos a primeira prova e começa-mos a levar pancada, duas ou mais palmadas no rabiosque, até começarmos a chorar que nem gente grande.
Saímos das mãos do médico/a ou parteira, passamos directamente ou pela enfermeira para as mãos da nossa mãe ... aqui surge a segunda avaliação, normalmente passamos com distinção, as mães nunca nos acham feios, mas quando chega o Pai ou a vizinha do 4 esquerdo ... ai é que a porca torce o rabo, somos mal avaliados em frente à nossa mãe e depois levamos com o primeiro ataque psicológico ... ai a criança é um bocadinho feia ... e eu pergunto para quê essa avaliação se nunca nascemos bonitos.
A vida continua, vamos para casa e continuam as boquinhas se é bonito ou não se é gordo, se tem cabelo se não tem ... enfim um monte de porcarias ... para não dizer me...Aprender a andar, falar, e outras coisas, são momentos avaliativos em que os pais tentam que nós façamos as coisas como deve ser se sim somos recompensados se não ... mais uma nega.
Mas se pensam que tudo já vai a meio não isto é o inicio ... assim vamos para a escola e temos as professoras com as primeiras avaliações. Os erros a escrever, as contas mal feitas, os primeiros testes ... até a porcaria da pintura, e um gajo pode não ter jeito para pintar, mas tem de ser perfeito.
Depois vem as meninas, ou meninos ... o flirt, o engate ... mais avaliações, é giro e tal e lá voltamos nós aos problemas do nascimento, depois crescemos um pouco e a cara é relevante mas já não é tudo ... o rabo e as maminhas das meninas, o rabo dos meninos ... porque o resto não se vê.
As meninas que tem mamas, porreiro as que não têm .. nega, quase ninguém lhes pega a não ser os meninos que tem um rabo feio.Enfim depois vem o pior, encontramos a suposta alma gémea, que só se torna assim se o sexo for bom, porque se não ... pode ser gémea, mas não é complementar ...
Aqui trememos que nem varas verdes na primeira vez que temos de nos despir em frente do outro/a, meus deus que será que ele/a vai pensar ...
As meninas pensam - Será que vai ver que tenho celulite, será que vai notar que a mama esquerda é maior que a direita e é sempre assim, mais um defeito ou outro e nós estamos sempre com medo de ser avaliados pelos outros ...
Os meninos esses, sofrem porque tem um problema que os acompanha para a vida ... ou seja ... o tamanho do dito cujo ... Oh, meu deus será que ela vai fazer paródia, será que vai reparar, o pior é se faz comentários tristes ...
O medo da avaliação continua ... será que sou bom ou boa na cama? Será que dei prazer ... e aqui nem pensamos no nosso prazer, queremos tanto satisfazer ao outro que no final quase ninguém tem prazer.
Porque é que temos medo das avaliações, porque avaliamos os outros, se estamos apenas a condicionar as nossas próprias vidas ... e até ao final das mesmas continuamos a ser avaliados, no trabalho, em casa, pela/o marido mulher, pelos filhos, pelos netos, pelos amigos enfim ... até.